Gordofobia é um tipo de preconceito e é mais grave do que você pensa.


no seminário integrador iv de 2017 resolvi falar sobre a gordofobia uma forma de preconceito contra quem está acima do peso, esta prática é muito mais comum do que você imagina.
Estudos indicam que, apesar dos esforços de conscientização, atitudes preconceituosas explícitas contra gordos aumentaram consideravelmente entre 2001 e 2010. Ainda é mais comum, no entanto, que o preconceito apareça travestido de elogio ou preocupação. Frases como “você tem o rosto tão bonito, por que não emagrece?”, “nossa, eu que sou mais magra que você não tenho coragem de usar biquíni” ou “seu marido é tão magro e você é tão gorda, dá certo?” são ouvidas por  milhares  de mulheres  Elas são reflexo da chamada gordofobia, o preconceito ou intolerância contra pessoas gordas.

Enquanto injúria racial e violência contra a mulher são consideradas crime no Brasil, o preconceito com pessoas gordas não apenas passa batido como é até encorajado por órgãos de saúde pública e campanhas de publicidade, especialmente durante o verão, quando os corpos estão mais à mostra. Mas por que, afinal, há tamanha intolerância com o corpo gordo Para começo de conversa, essa discriminação não é novidade. No entendimento judaico-cristão clássico, a gula é um dos sete pecados capitais e, portanto, uma demonstração de fracasso moral. Durante o período medieval, o jejum era uma prática constante que valorizava a espiritualidade em detrimento do corpo. Mais tarde, com o desenvolvimento da medicina, pesquisadores e charlatões propuseram as mais variadas soluções para o suposto problema, de ovos de parasitas a engenhocas para eliminar a gordura e exercícios que mais pareciam tortura… Tudo em vão.Estamos tentando há centenas de anos encontrar a solução da corpulência, mas nunca conseguimos. A partir do momento em que as primeiras relações entre problemas de saúde e gordura corporal começaram a ser publicadas, o gordo passou a responder por tripla acusação: falta de formosura, falta de retidão de espírito e falta de capacidade para gerenciar a própria saúde,Está mais do que na hora de compreendermos que o corpo gordo não é um erro, um pecado ou um crime .Muitos dos mitos relacionados com o peso têm a ver com a ideia de que a obesidade é controlável — portanto, representa negligência. Mas o excesso de peso não é necessariamente resultado de comer demais. Vários outros fatores podem contribuir, como falta de sono, condições socioeconômicas, medicamentos, desequilíbrio hormonal, genética, problemas de saúde mental e até mesmo a poluição do ar. Ou seja, segundo Altheia, dizer que uma pessoa é obesa porque ela come demais e não se exercita muito é fazer uma generalização.Outro mito comum é a noção de que pessoas gordas não são saudáveis apenas por serem gordas. Hoje, a obesidade é identificada com o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), um número obtido por meio da relação entre altura e peso. O Índice de Massa Corporal é uma classificação da antropometria, um segmento da antropologia que mede o corpo humano e suas partes, e começou a ser usado a partir do século 19 como forma de estabelecer normas sociais e definir o que seria um “corpo humano normal”.Essas tentativas de definir e categorizar pessoas entre normais e anormais estão fortemente associadas à eugenia, ciência que tenta determinar quais seriam os seres humanos com o melhor patrimônio genético 

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